quarta-feira, 12 de agosto de 2015
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O MATUTO E O LETRADO- Poema de Alexandre Sertão - Poesias do Meu Sertão
Alexandre Sertão
Poeta Petrolandense
O MATUTO E O LETRADO
Seu doutor vou começar lhe dizendo
Uma verdade que desde menino aprendi
Eu cresce ouvindo e vendo
Que o homem é sempre aprendiz
O mais Inteligente não é o que sabe falar
Na hora da conversa, sabe argumentar
Sábio é aquele que ouvi, o que o outro diz.
O senhor pode ser letrado
Ter prêmios e diplomas
É um homem respeitado
Quando tudo isso se soma
Mas não me compre por inocente
Que o seu DNA de gente
Conheço logo quando aponta.
De modo todo educado
Com uma carinha de santa
O plano todo arquitetado
Com a mente suja e insana
Mas não me compre por inocente
Que o seu DNA de gente
Na minha batida, é quem dança.
De uma coisa eu não duvido
Que você é inteligente
Mas da mesma forma lhe digo
Não subestime minha mente
Eu posso não ser letrado
Mas não me compre por abestalhado
Muito menos por inocente.
Conselho era pra se vender
Mas de graça, um eu vou lhe dar
Eu digo a vois me cê
Se coloque no seu lugar
Eu posso não ser letrado
Mas não me compre por abestalhado
No seu modo de argumentar.
Você é metido a político
Tem um dircursinho meio sem graça
E de tudo, de você tenho ouvido
Pra mim não passa de nada
Seu discurso é repetido
Se você fosse comprimido
Mesmo doente, eu não tomava.
Não quero ser ignorante
Nem muito menos dono da razão
Mas lhe digo neste instante
E me escute com atenção
Se a opção só fosse você
Pelo resto da vida iríamos sofrer
Porque tu és problema, e não solução.
Ta dado meu primeiro recado
Termino a prosa, no verso presente
Se for pra me dizer algo
Ver se de fato, é inteligente
Sou matuto, o senhor letrado
Mas não me compre por abestalhado
Muito menos por inocente.
Alexandre Sertão
12.08.2015
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