Poeta Petrolandense
Foto- Alexandre Sertão |
Literatura de Cordel
Saudades do Povoado
Passei nas margens do rio
E fiquei entristecido
Ao perceber o estrago
E o porque do ocorrido
Sentei numa ribanceira
E fiquei á tarde inteira
Cabeça baixa á pensar
E a mim me perguntando
Será que estou sonhando
Ou tudo vai se acabar?
Ás águas estão baixando
Entulhos apareceu
Lamaçal tá se formando
Tudo de bom se perdeu
Ás aves voam sem rumo
E eu não me acostumo
Com essa situação
Pelos pensamentos meus
Isso é castigo de Deus
Pra quem maltrata á nação.
Nosso Lago era tão lindo
Parecia até o mar
Muita gente estava vindo
Somente para olhar
Nas margens uma fartura
E a bela agricultura
Esperança de riqueza
Mas com á baixa das águas
Somente tristeza e mágoas
E o medo da pobreza.
Ás águas foram baixando
Lá dentro árvores sem vidas
Tudo está se transformando
Numa cena dolorida
Aquele belo cenário
Do antigo calendário
Já não podemos mas vê
Mesmo com o passar do tempo
Ás imagens do momento
Jamais vou me esquecer.
Mas resta em mim ás lembranças
Daqueles tempos vividos
Quando em minhas lembranças
Jamais serão esquecidos
Nossa terra, nossa vida
Daquela terra querida
Ficará sempre á história
Comigo vão sempre está
E pra sempre vou guardar
Gravado aqui na memória.
Tony Xavier
Blog Petrolândia em Foco
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