História da fogueira de São João
Dizem que Santa Isabel
era muito amiga de Nossa Senhora e,
por isso, costumavam visitar-se.
Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora
e aproveitou para contar-lhe que dentro de algum tempo nasceria seu filho, que se chamaria João Batista.
Nossa Senhora então perguntou:
- Como poderei saber do nascimento dessa criança?
- Vou acender uma fogueira bem grande;
assim você poderá vê-la de longe
e saberá que João nasceu.
Mandarei também erguer um mastro
com uma boneca sobre ele.
Santa Isabel cumpriu a promessa.
Certo dia Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira
e depois umas chamas bem vermelhas.
Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista,
que mais tarde seria um dos santos mais importantes
da religião católica. Isso se deu no dia 24 de junho.
Fonte: http://sugestoescolaresdiversas.blogspot.com.br/2011/03/lenda-do-surgimento-da-fogueira-de-sao.html
Postado por BIBLIOTECA DA ESCOLA PRESIDENTE VARGAS.
Mais detalhes e Informações SOBRE A ORIGEM DESSA FESTA
"A fogueira tá queimando em homenagem a São João...", cantou Luiz Gonzaga. De acordo com a tradição católica, a fogueira queimou, nas montanhas da Judeia, para anunciar o nascimento de João, no dia 24 de junho. Foi a forma que sua mãe Isabel encontrou para comunicar a chegada do filho à Maria, sua prima, que também estava grávida e seis meses depois daria luz a Jesus.
"Como Maria, Isabel também engravidou contra todas as probabilidades. Não era virgem, mas dizia-se que estava estéril e tinha idade avançada quando concebeu o último filho. Ele se tornou um pregador e ficou conhecido por batizar os gentios nas águas do Rio Jordão. [...] Para ganhar de vez o apelido de `Batista´, realizou um feito capaz de fazer inveja a qualquer outro santo: abençoou o próprio Jesus", comenta Luciana Chianca, professora de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Segundo Luciana, tais feitos conferiram a João Batista um lugar de honra entre os santos católicos: ele é o único do qual se comemora, assim como Jesus, o dia do nascimento e não o da morte, como os demais santos.
Antes da evangelização da Europa, na Idade Média, as fogueiras eram utilizadas em rituais pagãos, que celebravam a chegada do solstício de verão no Hemisfério Norte. Como uma maneira de dar novo significado às práticas pré-cristãs, a exemplo dos cultos solares e lunares relacionados à vida agrícola, o dia 24 de junho foi incorporado ao calendário cristão, como comemoração ao nascimento de São João Batista.
"Naquele continente, a diferença entre as estações é bem marcada por um contraponto: o solstício de verão – dia com maior duração da luminosidade do sol (21 de junho) –, e seis meses depois, o solstício de inverno – dia menos beneficiado pela luz solar (21 de dezembro). Entre os mais importantes cultos solares, registrava-se por toda a Europa a queima noturna de fogueiras no solstício de verão, para festejar a vitória da luz e do calor sobre a escuridão e o frio. A Igreja Católica adotou esses marcos cósmicos, atribuindo aos primos João e Jesus dois momentos de honra para seus nascimentos: o primeiro, perto do solstício de verão; o segundo, perto do solstício de inverno", explica Luciana Chianca.
Reza a tradição popular que, para cada santo junino, a fogueira tem de ser armada de uma determinada maneira: a de São João deve ter uma base arredondada, já a de Santo Antônio deve ser quadrada e a de São Pedro, triangular.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/2013/05/30/qual-origem-da-fogueira-de-sao-joao
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