Poetisa Rosimere Lima
NOS TRILHOS
Nos trilhos,
Ali estava eu,
Parado.
Com o olhar fixado,
Perplexo,
Olhando para a sua direção.
Paralisado!
Por mais que eu pensasse em algo, para lhe dizer,
A voz não saia, o meu corpo não respondia minha cabeça,
Só os meus olhos pareciam ter noção do que estava acontecendo,
E como resposta, senti escorrer por minha face fria...
(aquele era o inverso mais rigoroso dos últimos anos)
Os meus olhos pareciam duas tochas de fogo, ardiam!
Queimavam quando deles brotavam lágrimas de dor.
Ainda posso sentir o cheiro da fumaça daquele trem,
Que te levou para tão longe de mim.
Tenho que confessar, que passei noites sem consegui dormi,
Por causa da imagem do seu adeus,
Que repetidamente se desfazia pela aquela maldita fumaça daquele trem.
Hoje, posso dizer que não estou recuperado cem por cento,
Mas, aprendi á aceitar que o trem sempre terá sua hora de partir.
De vez, ou outra, gosto de andar sobre os trilhos,
Pensando que tudo poderia ter sido diferente,
Mas, sou interrompido por suas palavras
Que ecoam em minha mente (que aqui não era seu lugar...)
Enquanto eu, se você me quisesse, meu lugar seria junto ao teu.
Rosimere Lima
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