Tony Xavier
Poeta Petrolandense
O Verdadeiro Nordestino, não Abandona o Sertão.
Literatura de Cordel
A seca se aproxima
Mas o sertanejo é forte
A Deus ele pede sorte
Para tudo melhorar.
Se a chuva não chegar
Vai faltar milho e feijão
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
Mora dentro do roçado
Sem reclamar do sol quente
A enxada sempre a frente
Mas não pára de lutar.
Seu instinto é batalhar
Pra se manter no sertão
Mas deixar o seu torrão
ão quer nem ouvir falar.
Cria sempre uma vaquinha
E um cavalo bom de gado
Ás vezes preocupado
Nem para pra descansar.
Não quer ver nada faltar
Trabalha de pés no chão
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
Sai cedinho pra o roçado
Andando nas madrugadas
Calça e camisa rasgadas
É assim que sempre está.
Só a tarde vai voltar
Sem ter alimentação
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
Não há riqueza no mundo
Que lhe tire desta terra
Vive nesse pé de serra
É ali, que sempre está.
O canto do Sabiá
Faz parte desta paixão
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
Cria Porco, cria Bode
Tem o Pato e a Galinha
Quando é de manhãzinha
Escuta o galo cantar.
É hora de levantar
Pra cumprir dura missão
Mas deixar o seu torrão
Não quer nem ouvir falar.
TONY XAVIER
O Poeta do Povo
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